Acomodação
Qual nos paralisa
Nos faz escravos de nós mesmos
Rendidos por atos repetidos
Dia-a-dia que nos move é a mesmice
O quadrado das horas nos fixa
O quadrado das horas nos fixa
O contrário é o mesmo de ontem
A feira de quinta prossegue
Oferece-nos o mesmo tomate amassado
Engolimos então sem questão
Sem vontade de saber
Medo toma desejos
Desejar agora é não saber
Rotina é só mais um dia
Até o próximo, talvez
Mas se enfim gerar
A vontade, quem sabe, despertar
O querer nos bater
E acomodado não mais
Pra quem sabe, viver.
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