30 de setembro de 2011

Memória Póstuma: Ânimo

Esse sempre que leio me faz escorrer umas lágrimas, porquê lembro de tempos nem tão fáceis pra mim.
Ainda bem que evoluímos, nós todos! :D


Tão cedo a vi
E afundar pouco a pouco estou a ver
Ela que de tudo me ensinou
Feita, a vida minha vai lhe dever

Angústia infinita em ela, guardada está?
Em ações por está feitas, as respostas se escondem?
Sua missão cumpra apenas
A vida que Ele lhe concedeu não acabou

Meu lar tenho em ti
Construi um porto seguro ti
Um reino de paz quero para ti

A Luz enxerguei através de tua imagem
O vale da minha salvação tu me mostrou
Desejo que mau algum caia sobre isto
Porém juntos superaremos se tal cair

Se mau algum fiz, por favor
Suplico-te que não o guarde
Tentarei te alegrar
Mas tu tens que levantar-se

Me expresso mau como ele
A ti só pedi que batalhasse
Não como modelos que me diz que faço
Pois o modelo é, e sempre serás tu

O animo a ti precisa banhar
A barreira que tu se auto impõe
Precisar quebrar
Precisas quebrar essa perfeição que nem tardia vem

Se a confiança não tens em ti, ninguém terá
De todas as formas eu estarei aqui para ajudar
Contudo viver também preciso

Sei apenas que sempre em toda minha vida
Você estará!

26 de setembro de 2011

Memória Póstuma: Explodir!


Vasculhando meus primeiros poeminhas e textos, percebi que tenho que publicar alguns, pra relembrar um pouco do passado, coisa que acho necessário fazer de quando em vez ;)
Este abaixo se chama Explodir!, escrito em 03/05/10.


Mas de agora em diante será sempre assim?
Sem poder, se quer explodir
Desde quando querer, deixou de ser poder?
O controle de minhas ações agora é teu?

Estou preso sem poder ao menos questionar?
Impossibilitado de reconquistar minha liberdade
Reconquistar o que inúmeras vezes esteve em mim

Já viajei através de crostas
Já lutei para ser o que nunca pensavam que eu seria!
E agora insiste em me limitar a teus pensamentos
Em teus fúteis comandos?

Eu quero mais!
Eu sou mais!
Para crescer fui feito
E crescer eu irei, sem exitar
Sem ao menos olhar para traz

Quem tu pensas que és?
Que me prende de repente numa angústia avassaladora!
Mostre tua face ou me solte de tal abismo sem fim

Ando com minhas armas a mostra
Sempre andarei
Não nem nunca me arrependerei de nada
Desejo para ti o mesmo que para todos

Não me renderei a você!

24 de setembro de 2011

Segue...

"[...]Rotina que sufoca!"
De sustos e surpresas vivem
Buscam o óbvio de maneira bruta
Convivem alternandos em sussurros e gritos
Fazem de si objetos
Vendem seus vitais

Lamentam o inevitável
Causam em si, dó

Se jogam para morrer
Se submetem para sobreviver

Sobrevida que se impõem
Desejos que se escondem
Vontades jamais realizadas

Sossego que não chega
Amor que não responde
Paz que foge
Luz que se apaga
Rotina que sufoca!

23 de setembro de 2011

Eai, beleza?

Tenho pensado bastante sobre a beleza esses dias, ai então achei uma frase do Chaplin:
 “A beleza é a única coisa preciosa na vida. É difícil encontrá-la mas quem consegue, descobre tudo.”

Pois é meu amigo, estou procurando ela, a verdadeira beleza, a mais rara das raras, a mais pura das virgens, a mais bela das musas e a mais perfeita de Deus. Pois quem encontra o conhecimento, a compreensão, o amor, o carinho, a paz, a alegria, a plenitude e tudo mais que remete à sensações semelhantes é maravilhoso, lindo, é enfim, belo!
Observação e percepção tem me ajudado quanto a isso, porquê quando paramos por alguns segundos, apenas para correr os olhos por entre aqueles que nos rodeiam, próximos ou não, aqueles que nos inspiram mesmo involuntariamente na mesma medida que nos estressam, podemos perceber os sentimentos que estão, para os olhos dos mais desatentos, guardados. Refiro-me àqueles sentimentos belos quais a maioria de nós fazemos questão de guardar, para nos mostrarmos mais calejados quanto a vida. Aqueles sentimentos quais fazem parte da beleza!
Ora, porque não podemos compartilhar com todos aqueles que queremos bem, ao menos, estas partes de nós? Porque temos sempre que ser o mais forte fisicamente, economicamente, o mais poderoso, e não apenas nós (como se apenas nós fosse pouca coisa), querendo ser melhor ao nosso passo, e compreendendo as imperfeições que temos?

Vamos, meus amigos, não nos escondermos mais atrás de escudos e reclamações inúteis, e por fim fazer de nós um todo, uma corrente, uma beleza pura!

16 de setembro de 2011

Poema Sujo

Li um poema que foi escrito na época da ditadura por Ferreira Gullar, "Poema Sujo", durante seu exílio. Um poema muito interessante (e grande), porém inspirador, principalmente após assistir um vídeo onde o próprio poeta declama metade da obra. Obra esta que me parece um tanto vomitada, escrita em meio agonias de um exilado em tempos de ditadura brasileira.
Depois de ouvi-la e lê-la, escrevi uns versos, estes que estão abaixo do vídeo.


Com vocês, Ferreira Gullar, declamando seu "Poema Sujo".





Sujeira

Amor, calor,
Sinto exalo a paz, o sorriso
Respiro, inspiro, expiro
Se mexo, remexo no irreversível
Olho o ponto que foi, que está
Num onde antes havia o que olhar,
Admirar.

“Pensas o que queres e saia!”
Fica uma vala,
Um buraco se forma enfim
Nem vento nem vazio
Apenas nada
E a vida passa como se já não tivesse
Como se doesse e expressasse
Como se cuidasse do desnecessário

E então no emaranhado corrido
De mensagens profundas, profanas,
Tudo para
Observa-se
Rima-se num poema sujo
Dentre palavras proibidas
(ou será que não?)
E a vida segue dentre solidão e vazios...


Para ler "Poema Sujo" inteiro - http://migre.me/5IfYm




15 de setembro de 2011

Almejo


Somos complexos, versos, uva e vinho
Do fruto desfrutamos o colhido
Berrando em meio espasmos
Achando o indevido normal
E a paz surreal

O que é o que foi?

O que será aquele talvez?

Da vida munida desabo para o só
Abraço (des)afetos afetados para conviver

Me seguro e prendo
Te respiro e vejo
Nos faço acalanto
E chego a um almejo
Melhor viver.